Itinerário de carro pelo Lago Maggiore

Localizado na fronteira entre dois países (Itália e Suíça), o Lago Maggiore é um dos lugares mais bonitos e mágicos do norte da Itália. A minha viagem de carro para descobrir este maravilhoso lugar, começou quase por acaso, pois morava por perto.

Foi uma das viagens mais incríveis e surpreendentes que eu já fiz por aqui. Mas vamos por partes…

Onde fica o Lago Maggiore?

O Lago Maggiore, também conhecido como Lago Verbano, é o segundo maior lago da Itália (212 km²). Como mencionado anteriormente, seu território se estende por dois países, onde 80% de sua superfície corresponde à Itália e os 20% restantes à Suíça. Também ocupa duas regiões italianas (Lombardia e Piemonte) e um cantão suíço (Ticino).

Como seus companheiros (Lago de Garda e Lago de Como), é um lago glacial que se formou no final da última Idade do Gelo. Diz-se que o seu nome deriva da época romana, quando depois de o terem conquistados aos gauleses, chamaram-no de Lacus Maximus, por acreditarem ser o maior dos lagos italianos.

Um fato curioso? Quando se desenvolveram técnicas cartográficas mais sofisticadas, percebeu-se que não era o maior lago daqui, mas, enfim … o nome já havia sido dado!

Qual é a melhor época para visitar o Lago Maggiore?

Qualquer época é ideal para visitar os lagos do norte da Itália, mas dependendo de suas preferências e orçamento, você encontrará grandes diferenças entre uma época do ano e outra.

Alta temporada

Corresponde aos meses de verão (junho, julho e agosto) sendo o mês de agosto o mais caro e cheio de turistas. No entanto, viajar neste período também tem o seu encanto: os dias são mais longos (o que permite aproveitá-los ao máximo) e, como as temperaturas são mais amenas, pode-se até pensar em tomar um banho!

Baixa temporada

Corresponde aos meses de inverno (dezembro, janeiro e fevereiro), onde fevereiro é o menos aconselhável devido ao frio extremo que se verifica em algumas zonas.

Dezembro, por outro lado, é uma boa época, pois dificilmente você encontrará muitas pessoas e ainda não está muito frio. O único problema é que a maioria das vilas e palácios estão fechadas durante este período.

Meia temporada

Os restantes meses do ano correspondentes à primavera e ao outono são os meses ideais do ponto de vista climático.

Além disso, não há muitas pessoas e os dias ainda são bastante longos. Um ponto positivo é que nestes períodos quase todas as vilas e palácios reabrem ao público!

O que ver no Lago Maggiore?

Existem muitos vilarejos e cidades para visitar no Lago Maggiore. Se quiser, também dá para cruzar a fronteira e conhecer os lugares do lado suíço.

Neste artigo, no entanto, me concentrei na região italiana, listando alguns lugares que considero imperdíveis e de fácil acesso com o carro.

Ilhas Borromeo

As Ilhas Borromeo são um grupo de pequenas ilhas (3 ilhas e 2 ilhotas) cujo nome se deve à família “Borromeo”, uma unidade familiar importante e influente originária da Toscana, que durante séculos teve grande influência em Milão e no Lago Maggiore.

No início do século XVI esta família começou a adquirir as Ilhas Borromeo, detendo atualmente grande parte delas.

Existem três ilhas principais: Isola Bella, Isola Madre e Isola dei Pescatori, uma mais fascinante que a outra. Tudo facilmente acessível de barco, partindo de qualquer cidadezinha próxima.

É importante lembrar que os palácios e jardins localizados nas ilhas costumam ficar fechados ao público durante o inverno.

Stresa

Stresa é uma pequena cidade no Lago Maggiore conhecida principalmente por seu estilo Liberty. A cidade é muito charmosa e possui edifícios elegantes, hotéis exclusivos e jardins cheios de detalhes.

Mas se há um edifício que se destaca dos outros é a “Villa Pallavicino”: construída no século XIX, possui um impressionante jardim inglês e um parque com mais de 50 espécies de animais!

Stresa é perfeita para ir às Ilhas Borromeo (devido à sua proximidade), mas também oferece uma das melhores vistas do lago; de sua marina você terá uma vista de cartão postal, com os picos nevados dos Alpes ao fundo e as três ilhas que flutuam no lago, uma das minhas recordações favoritas!

Arona

Arona tem algo especial, não sei explicar o que é, mas sem dúvida é um dos meus lugares preferidos do Lago Maggiore.

É uma pequena cidade às margens do lago, que possui uma das vistas mais mágicas que pude encontrar durante minhas viagens. Já estive muitas vezes e a minha lembrança preferida é de um domingo de inverno por volta do meio-dia quando o sol já estava baixando e a cor laranja pintava as montanhas que sustentam o castelo de Angera (a cidade que fica a frente).

Tudo, absolutamente tudo naquele momento parecia emanar magia: os raios de sol refletindo na água, a atmosfera repleta de perfumes bucólicos, as ruas pintadas de ocre e pedra que convidavam a se perder … maravilhoso!

Em Arona, você pode tomar um café na Piazza del Popolo, fazer um passeio romântico à beira do lago ou comer um prato de massa em um dos vários restaurantes com vista para o castelo.

A cidade é bastante pequena, o que permite visitá-la rapidamente. Não perca o centro histórico com suas ruas estreitas e lindas lojas, mas também a estátua de San Carlone, no Monte Sacro.

Nem todos sabem da sua existência porque não é visível, mas basta prosseguir a pé da Piazza del Popolo por cerca de meia hora e você o encontrará, imponente com os seus 35 metros de altura.

O conselho é subir ao topo para admirar todo o panorama de cima, você não ficará desapontado.

Confia em mim!

Angera

Se há algo que distingue este lugar é sem dúvida o seu castelo: a «Rocca di Angera». Esta imponente fortaleza passou de mão em mão ao longo da história: sabe-se que pertenceu por muito tempo à família Della Torre, uma nobre família italiana que governou Milão durante anos.

Mas em 1277 os Visconti a conquistaram na batalha de Desio, uma guerra feita entre ambas famílias pelo controle de Milão e seu campo.

Somente no ano de 1449 ela mudou de dono novamente … adivinhe quem a comprou? Sim, a família Borromeo, à qual atualmente ainda pertence.

Ranco

A pequena cidade de Ranco pode não ter grandes atrações, mas é um lugar perfeito para repousar e tomar um café à beira do lago. Possui uma charmosa lagoa onde você pode passear e um pequeno porto cheio de barcos com vistas espetaculares das montanhas.

Além disso, nesta cidade existe um dos hotéis / restaurantes mais prestigiados da área, conhecido como “Il Sole di Ranco”, que domina imponentemente toda a colina.

Eremo di Santa Caterina del Sasso

Como se fosse um tesouro, a capela de Santa Caterina del Sasso é um dos lugares mais bonitos que já vi na Itália e continua sendo um dos meus lugares favoritos!

Você não imagina o que vai encontrar neste lugar mágico, e é difícil descrever a magnificência … Tem que ir para entender.

Ao chegar lá, a primeira coisa que se nota é uma longa escada e um elevador. Como adoro caminhadas, optei por descer a pé. A vista é espetacular e a impressão é que as escadas acabam dentro do lago.

O caminho parece longo e interminável, mas de repente ela aparece: impressionante quanto elegante, uma grande estrutura de pedra delicada desenhada no penhasco.

É um precioso mosteiro fundado no século XIII pelo comerciante Alberto Besozzi de Arolo (Leggiuno), que, durante um naufrágio, jurou a Santa Catarina se refugiar aqui em uma caverna.

No local você pode admirar o convento, o pátio interno e a bela igreja, que é o coração artístico e espiritual do local.

Hoje, este lugar é administrado por um grupo de padres Oblatos Beneditinos.

Laveno-Mombello

Localizado na margem oposta de Stresa, na província de Varese (Lombardia), o município de Laveno – Mombello é uma posição perfeita para admirar o Lago Maggiore de cima.

Embora a cidade em si seja muito pequena, seu impressionante teleférico é uma das atrações imperdíveis! O bondinho Sasso del Ferro conecta a cidade ao Monte Sasso del Ferro, que está cerca de 1.062 metros acima do nível do mar, em apenas 15 minutos.

Suas peculiaridades são as cabines abertas, 100% panorâmicas (mas cuidado com o vento!); as cabines fechadas são preferíveis para idosos e crianças pequenas.

Durante a subida, com 731 metros de desnível de altitude, pode-se admirar uma paisagem deslumbrante que abrange, num único olhar, o Lago Maggiore, os Alpes e os verdes vales, não vai ser fácil se esquecer dessa vista!

Lá em cima recomendo um restaurante tradicional chamado Capanna Gigliola, que tem um terraço panorâmico com vista para o lago! E a comida? Nem comento…é um daqueles lugares que ficarão para sempre no meu coração!

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